5 de fevereiro de 2011

Dear John

Nesses dias que eu to com meu joelho imobilizado, eu pude ler muito, e eu li um livro que me marcou muito: Querido John. Eu recomendo. Mais tem uma parte que eu quero postar aqui, porque foi a parte que eu acho que mais gostei e que eu não me esqueci tão fácil.
“[...] Olho para o rancho quando a noite cai. È a primeira noite de lua cheia e, para mim, as lembranças virão. Sempre vêm. Prendo a respiração quando a lua começa sua lenta ascensão. As arvores se tornam prata liquida, e embora eu deseje mergulhar nas memórias agridoces, viro-me para observar o rancho novamente.
Durante muito tempo, espero em vão. A lua continua sua lenta trajetória pelo céu. Uma a uma, as luzes da casa se apagam. Concentro-me ansiosamente na porta da frente, não consigo me forçar a ir embora. Inspiro lentamente, na esperança de chamá-la para fora. E quando finalmente a vejo sair de casa, sinto um formigamento estranho na coluna, algo que nunca tinha experimentado antes. Ela pra na escada, e então se vira parecendo olhar na minha direção. Congelo, sem motivo, sei que é impossível ela me ver. De onde estou, observo Savannah, fechar a porta silenciosamente atrás de si. Ela desce lentamente os degraus e vaga pelo jardim.
Ela para e depois cruza os braços, olhando para trás, para se certificar que ninguém a seguiu. Finalmente, parece relaxar. Então, sinto como se estivesse presenciando um milagre, como, bem devagar, ela ergue o rosto para a lua. Eu a vejo sorver, a imagem da lua cheia, imundada pelas memórias libertas, não desejando nada além de fazê-la saber que estou aqui. No entanto, fico onde estou e também olho para a lua. Por um breve instante, é como se estivéssemos juntos novamente. [...]
- Querido John, pág. 275.
Nicholas Sparks.